A ditadura começou em 1963?
- Kadosh Miranda
- 5 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Memória dos perseguidos, torturados e mortos ecoa nas ruas da cidade mineira em protesto contra o regime autoritário.

Robinson Ayres - Foto Kadosh Miranda
No último sábado, dia 1º de abril, a cidade de Ipatinga, localizada no estado de Minas Gerais, foi palco de uma manifestação marcante contra a Ditadura Militar de 1964. Munidos de cartazes, falas emotivas e um carro de som, centenas de manifestantes se reuniram para lembrar e discutir sobre um episódio particularmente sombrio da história do país: o Massacre de Ipatinga, ocorrido em 1963.
O protesto não apenas recordou os horrores da ditadura, mas também reforçou a conexão direta entre o regime autoritário e o trágico evento que assombra a memória dos habitantes locais. Há mais de seis décadas, trabalhadores da Usiminas foram brutalmente reprimidos durante uma manifestação pacífica, resultando em perseguições, torturas e mortes.
Com a presença marcante de ativistas, membros da comunidade local e familiares das vítimas, a manifestação foi carregada de emoção e revolta. Os participantes exigiam justiça e reconhecimento para aqueles que sofreram nas mãos do Estado durante os anos de repressão.

Maura Gerbi - Foto Kadosh Miranda
"Não podemos permitir que o passado seja esquecido. A ditadura militar deixou marcas profundas em nossa sociedade, e é nosso dever honrar a memória daqueles que lutaram e sofreram sob esse regime opressor!", declarou Maura Gerbi, uma das organizadoras do protesto.

Os cartazes exibidos pelos manifestantes traziam mensagens de resistência e solidariedade, enquanto as falas ecoavam a indignação diante das violações aos direitos humanos cometidas durante o período ditatorial. O carro de som, por sua vez, reverberava relatos dolorosos e exigências por justiça.

Jardel Lopes - Foto Kadosh Miranda
"Não podemos permitir que a história se repita. É fundamental que lutemos pela preservação da democracia e pelo respeito aos direitos de todos os cidadãos", ressaltou Jardel Lopes, outro participante do evento.
A manifestação em Ipatinga não foi apenas um ato de resistência, mas também um lembrete contundente da importância de manter viva a memória das injustiças do passado. Enquanto o país segue em busca de reconciliação e justiça histórica, eventos como este destacam a força e a determinação da sociedade civil em seu caminho rumo à verdade e à memória.




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